Fonte: http://extra.globo.com
São José do Vale do Rio Preto é a maior fornecedora de frango fresco do estado, mas a cidade caminha para o colapso econômico devido a uma onda de violência que ocorre a mais de 80 quilômetros dali, sobretudo na Região Metropolitana, para onde vai 90% da produção rio-pretana. A cada três dias, em média, um caminhão abarrotado de aves que deixa o município é alvo dos ladrões de carga.
— Cerca de 40% da economia gira em torno da avicultura, e vários abatedouros já ameaçam fechar por causa do prejuízo acumulado — relata o prefeito Gilberto Esteves.
Só no primeiro trimestre, o prejuízo é de quase R$ 1 milhão, com 32 caminhões roubados. O valor equivale a 20% da arrecadação mensal local.
As carnes, não apenas de frango, estão entre os principais alvos das quadrilhas. Para diminuir os riscos, já há atacadistas fluminenses contratando carros-fortes refrigerados para o transporte deste tipo de item, em especial cargas valiosas, como cortes nobres.
— O custo é altíssimo. E já estamos sem o seguro da carga, só temos para o caminhão, que aumentou 30% este ano — alega um empresário, sob a condição de anonimato.
A Protege, gigante do setor de segurança e transporte de valores, confirma que foi contatada por interessados, no Rio, em transportar carnes nos blindados aclimatados. A empresa, porém, só chegou a fazer esse serviço em São Paulo.
— O nosso foco são os eletroeletrônicos e a área farmacêutica — detalha Mário de Oliveira, diretor da Protege.
Desde março, as seguradoras não oferecem mais seguro para remédios, que também exigem refrigeração especial no transporte.
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