Com perdão do trocadilho, a coisa ficou russa, e a longa novela envolvendo os casos de doping e manipulação de dados laboratoriais no esporte do maior país do mundo, teve um assertivo fim na manhã desta segunda-feira, 09/12.
A WADA, a Agência Mundial Antidoping, baniu a Rússia de competições internacionais pelos próximos quatro anos.
A sanção foi decidida de forma unânime por um comitê de executivos da agência, em reunião em Lausanne, na Suíça. Com isso, o país fica fora da Olimpíada de Tóquio, em 2020, dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, em Pequim e da Copa do Mundo de 2022, no Qatar. Atletas russos que provarem a agência que estão limpos poderão competir sob bandeira neutra.
A WADA concluiu que os russos alteraram dados laboratoriais sem autorização, plantaram evidências falsas e apagaram arquivos conclusivos a possíveis casos de doping.
Em 2016, nos Jogos do Rio, última edição da Olimpíada de verão, o país já havia sido punido. A delegação russa, com cerca de 270 atletas, desfilou e competiu sob bandeira neutra. Cada atleta precisou se encaixar em uma série de exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) para participar da competição. Em 2018, novamente sob bandeira neutra, a delegação do país teve 80 atletas nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.
Sede da última Copa do Mundo, a Rússia também fica proibida de sediar eventos esportivos internacionais durante o período de punição. Seus dirigentes esportivos estão proibidos de frequentar tais eventos.
Os russos têm 21 dias para entrar com recurso contra a decisão, e em caso de recurso, o julgamento será levado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).
Fonte: https://extra.globo.com/
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