Fonte: http://carros.ig.com.br
O Brasil é o grande mercado do campo automobilístico da América do Sul, e em 2012, a venda de veículos no Brasil bateu recorde de vendas, com mais de 3 milhões de automóveis licenciados, o que colocou o País na quinta colocação do ranking mundial de vendas, atrás apenas dos gigantes China, Estados Unidos, Japão e Alemanha.
A Argentina é um mercado mediano com mais de 840 mil veículos vendidos em 2012, e a Guiana Francesa, que no mesmo período somou cerca de 1.500 carros comercializados.
A região também contempla uma série de curiosidades e fatos inusitados, como a disparidade do profissionalismo do setor em alguns países. Enquanto mercados como o Chile e Uruguai contam com instituições reguladoras, que reúnem as montadoras e contabilizam seus números, há países que aparentam não ter controle algum sobre as movimentações de seus mercados automobilísticos, como o Bolívia e o Suriname. Nessas praças, o volume de vendas de carros é uma incógnita.
Nesses mercados também a outra peculiaridade. Todos esses países consomem basicamente carros importados (com exceção do Brasil), sendo a maioria proveniente da indústria brasileira. Não à toa, o Volkswagen Gol é o líder de vendas da Argentina há 14 anos seguidos (no Brasil o carro é o líder a 24 anos consecutivos), enquanto o Chevrolet Classic lidera no Uruguai e Paraguai – ambos os modelos são fabricados no estado de São Paulo.
A fábrica da GM em Bogotá, na Colômbia, também tem forte presença na região. Saem de lá os Chevrolet Sail, líder no Chile, e Aveo, número 1 no Equador e Venezuela. Já o carro mais vendido na Colômbia é o Chevrolet Spark, feito no próprio país.
Os vice-líderes
Na Argentina, o segundo maior mercado da América do Sul, o vice-campeão de vendas é o Chevrolet Classic feito no próprio país, na planta de Rosário – o modelo à venda no Brasil é produzido em São José dos Campos (SP). Já no Uruguai e Venezuela os carros que figuram na segundo posição do mercado vêm do Brasil, no caso o VW Gol fabricado em São Bernardo do Campo e Taubaté e o Ford Fiesta da linha de montagem em Camaçari (BA).
Na Guiana Francesa, o segundo colocado entre os carros é o Peugeot 207, mas o modelo fabricado em Poissy, na França. Outro francês no páreo sul-americano é o Renault Logan, que ocupa o segundo posto no mercado da Colômbia com uma versão feita no próprio país. Mais um carro importado, mas do Japão, é o vice-líder no Equador, no caso o Grand Vitara, mas que lá usa a logomarca da Chevrolet, sempre ela.
Os coreanos também vão bem na região. No Chile, o segundo colocado é o sedã Hyundai Accent e no Peru o posto é ocupado pelo Kia Rio, compacto de projeto moderno e que chegou a ser cotado para o Brasil.
A ironia é que mesmo com o Brasil tão perto fisicamente, nossos vizinhos preferem muitas vezes importar veículos de lugares distantes, tudo por conta do alto custo de produção das nossas fábricas. O caso da picape Frontier é emblemático. Mesmo produzida no Paraná, há cerca de 2 mil quilômetros de Buenos Aires, a Nissan opta por importá-la da Ásia. Em matéria de carros pelo menos nossos vizinhos não chegam a ser tão amigos assim.
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