14 de maio de 2013

Produção de abacaxi gigante é destaque no Acre.


O que você diria se lhe contassem que no interior do Acre, em uma cidade chamada Tarauacá, a cerca de 453 km da capital, Rio Branco, existem abacaxis que podem pesar até 12 quilos? E dissesse mais: que um dia um produtor da região já colheu um desses frutos pesando 15 quilos. Mentira? Não!
Quem confirma a existência do fruto gigante, inclusive mostrando a plantação de mais de 3 mil pés espalhados por dois hectares em uma propriedade rural de aproximadamente 44 hectares, em Tarauacá, é o senhor João Ferreira da Silva (44), também conhecido como João Cobra, um dos três produtores que trabalha com a cultura naquela município.
Ele trabalha há cerca de 20 anos no ramo da agricultura e destaca que ficou surpreso com o tamanho do abacaxi na primeira safra colhida. João Cobra cultiva plantios de arroz, milho, feijão, tomate e banana e trabalha com culturas consorciadas, o que garante renda para o ano inteiro.
No entanto, a produção do abacaxi gigante é o carro chefe do seu sustento familiar. Segundo ele, em época de escoamento da produção, dos cerca de 3,5 mil pés de abacaxi que cultiva, consegue aproveitar aproximadamente 80% para comercialização no mercado local, principal consumidor do fruto.
"Fiquei surpreso porque no primeiro ano já nasceu grande (o abacaxi). Por isso, resolvi investir e a cada ano fui aumentando o plantio. Planto primeiro o arroz, o milho e outras culturas, depois o abacaxi. Quando estou terminando de colher um, vou plantando o outro. Em média, da quantidade plantada de abacaxi, consigo obter cerca de 80% para comercialização. Temos alguns problemas com pragas como a broca e, às vezes, quando vem saindo o fruto, ele quebra e não cresce. Por ano, faço em média R$ 10 mil a R$ 12 mil com a venda do produto", explica João Cobra.
Segundo o produtor, há cerca de cinco anos colheu um abacaxi que pesava 15 quilos, mas atualmente o fruto produzido tem peso médio entre nove e 12 quilos. João Cobra revela que o um abacaxi de 10 quilos não é vendido por menos de R$ 25 para o consumidor e fala sobre os períodos mais atrativos para a colheita da produção.
"Um abacaxi com tamanho comum chega a pesar de três a quatro quilos, no máximo. Já colhi um de 15 quilos, há uns cinco anos, mas hoje o peso varia entre nove e 12 quilos. No mês de junho é a melhor época para a colheita dos frutos maiores, enquanto o mês de outubro é mais propício à produção em maior escala. O valor para o consumidor varia, dependendo do peso, entre R$ 20 e R$ 25. A partir de junho próximo teremos o escoamento da primeira produção deste ano", fala João Cobra.
O técnico agroflorestal Cidomar Falcão das Chagas, da Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar do Estado do Acre (Seaprof), conta que mudas do fruto já foram levadas para outras cidades do Acre, mas em nenhuma delas a produção resultou em abacaxis tão grandes.
"Levaram mudas para cidades vizinhas de Tarauacá, até para Rio Branco, e elas não desenvolveram como nessa região. Não sei qual o motivo. As pessoas falam que pode ser o solo, mas até então nenhum estudo foi feito exatamente na área para saber se a causa do crescimento é realmente essa. Não temos embasamento científico para comprovar isso, mas o abacaxi gigante aqui é um prazer para todos nós", considera.
O produtor João Cobra também não sabe explicar os motivos para que o fruto cresça tanto na região de Tarauacá, mas acredita que seja por causa da fertilidade do solo. “Acho que é o solo. Não usamos adubo nenhum. Somente planto e mantenho a plantação zelada”, afirma.
O tempo para a produção estar pronta para a colheita, de acordo com João Cobra, é de um ano e seis meses. Depois de colhido, a recomendação é de que, se estiver maduro, seja consumido em no máximo cinco dias. "O gosto não é muito doce como o do abacaxi comum, mas pode ser comido sem problemas. O mais comum é ele ser utilizado para suco, cremes", conta o produtor.


Pepino gigante também chama a atenção no estado.


A comerciante Antônia Damacena ganhou um presente inusitado esta semana: um pepino gigante de 17 quilos. O agrado veio de uma amiga de Antônia, conhecida apenas por "Mana", que mora na zona rural do município de Tarauacá, a 453 km da capital Rio Branco.
Admirada com o tamanho do pepino, a comerciante procurou um amigo que trabalha em uma rádio comunitária na cidade para  dar a notícia. Curiosos, os moradores logo chegaram ao local para ver o pepino gigante.
O fruto foi colhido na colônia Vitória Régia, comunidade Igarapé Branco, zona rural da cidade. A comerciante explicou que a amiga tem uma pequena horta em casa, onde plantou a semente.
O local é adubado apenas com esterco de boi. Nas primeiras colheitas, o tamanho dos pepinos foram normais, disse a  produtora rural para a comerciante. Apenas este, que não  amadurecia e só crescia cada vez mais, ficou no pé. Foi então que ela resolveu tirá-lo no fim de semana e levar para a cidade.
O presente, segundo a comerciante,  dobrou as vendas em seu pequeno comércio de frutas.

Antônia disse que ficou conhecida na pequena cidade de Tarauacá como “a mulher do pepino”.

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