22 de fevereiro de 2016

Manor apresenta seu carro para temporada 2016 da F1

Fonte: http://grandepremio.uol.com.br
 
Com a apresentação do MRT05, a Manor fez o lançamento do carro que levará às pistas do Mundial de F1 na temporada de 2016.
 
Depois de alguns anos de nanismo, agora a Manor é empurrada pela Mercedes e se encontra em situação financeira um pouco melhor. Além de tudo, claro, se livrou da montadora russa Marussia. Mas o mais importante está na confiança das declarações, como a que coloca o bólido como "o mais desenvolvido, ambicioso e agressivo" do time.
 
A pintura, por sua vez, tem algumas diferenças do que a Manor levou às pistas nos últimos anos. Ao branco e vermelho, somou-se um importante aumento do azul. O layout tem as cores da bandeira da Grã-Bretanha, mais um passo na mudança de identidade pela qual o time certamente tem a vontade de passar nos próximos meses.

 John McQuilliam, diretor-técnico da equipe britânica, exaltou os esforços dos funcionários da equipe na concepção do novo carro, avaliado pelo engenheiro como o melhor da história da equipe na F1.
 
"Ainda que seja muito cedo, nós podemos dizer facilmente que este é o melhor carro que já lançamos. Certamente, é o mais desenvolvido, o mais ambicioso e o mais agressivo. O pacote global é um passo muito significativo em frente, não apenas em relação ao ano passado, mas em relação a todos os outros carros. Então, sim, nós ainda temos um longo caminho a percorrer partindo daqui em termos de desenvolvimento do MRT05, mas já é um pacote dos sonhos no qual os 154 funcionários da Manor trabalharam duro para desenhá-lo e construí-lo. Numa equipe pequena como a nossa, cada um fez a sua parte", elogiou.
"Bem, para começar, é tudo novo. Como deve ser, claro, mas nós tivemos de fazer o ano passado [com o carro de 2014] e não é para isso que nós estamos aqui. Nós construímos carros de corrida por uma vida e é ótimo voltar a fazer o que amamos. Também é muito bom fazer isso quando nós temos as ferramentas certas para o trabalho. Então é algo muito especial", seguiu. 
 
"Melhor ainda, o MRT05 é um competidor. Nós acreditamos muito nele. A equipe de design focou quase exclusivamente nele desde a metade da última temporada, e se trata de algo completamente diferente dos seus antecessores. Não fica devendo performance em nenhum sentido e posso dizer agora que não há uma nova peça do novo carro que não tenhamos projetado de forma diferente", continuou o engenheiro.
O diretor-técnico também falou sobre a peça que pode ser decisiva para alavancar o desempenho da Manor em 2016: o motor Mercedes, além do sistema de transmissão fornecido pela Williams.
 
"Nós atrasamos o programa do monocoque para esperar a nova unidade de potência, que valeu a pena esperar, claro. A unidade de potência PU106C da Mercedes é um feito magnífico de engenharia e estamos orgulhosos e empolgados por sermos empurrados pela tecnologia de um campeão mundial como a Mercedes", explicou. 
 
"Nós também temos um pacote de transmissão muito competitivo e gostaria de agradecer à nossa parceira técnica Williams, que vai nos fornecer nosso câmbio e outros componentes de traseira. Juntos com os esforços das nossas equipes de mecânica e aerodinâmica, este é um pacote bastante impressionante", completou.
Dave Ryan, novo diretor de corridas da equipe britânica, se mostrou bastante empolgado com o que a Manor pode conseguir em 2016. 

Sobre o que esperar da equipe, Ryan é claro. “Respeito e competitividade. Cada membro desta equipe está ansioso pela primeira corrida em Melbourne, daqui a algumas semanas. Sabemos que temos de melhorar em cada área e que não podemos de forma alguma subestimar nossos oponentes, mas nós montamos um grande grupo de pessoas, temos uma fantástica parceria técnica com a Williams e com a Mercedes, e agora cabe a nós corresponder”, complementou.
 
É com este modelo que Pascal Wehrlein e Rio Haryanto farão suas estreias na F1. Pupilo da Mercedes, Wehrlein aparece como o atual campeão do DTM - aliás, o mais jovem da história a obter tal conquista - e com grandes expectativas sobre o que vai conseguir fazer.
 
Haryanto, por sua vez, é um novato que passou os últimos cinco anos na GP2 e até teve alguns bons resultados, mas está na F1 pela grande quantidade de dinheiro que o governo nacional da Indonésia pagou aos bolsos da Manor para garantir o seu primeiro piloto de F1 da história. Foram mais de R$ 66 milhões, entre petrolífera nacional e Ministério do Esporte.
 
 
 

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