Fonte: http://grandepremio.uol.com.br
Com a apresentação do MRT05, a Manor fez o lançamento do carro que levará às pistas do Mundial de F1 na temporada de 2016.
Depois de alguns anos de nanismo, agora a Manor é empurrada pela Mercedes e se encontra em situação financeira um pouco melhor. Além de tudo, claro, se livrou da montadora russa Marussia.
Mas o mais importante está na confiança das declarações, como a que
coloca o bólido como "o mais desenvolvido, ambicioso e agressivo" do
time.
A pintura, por sua vez, tem algumas diferenças do que a Manor levou às
pistas nos últimos anos. Ao branco e vermelho, somou-se um importante
aumento do azul. O layout tem as cores da bandeira da Grã-Bretanha, mais
um passo na mudança de identidade pela qual o time certamente tem a
vontade de passar nos próximos meses.
John McQuilliam, diretor-técnico da equipe britânica, exaltou os
esforços dos funcionários da equipe na concepção do novo carro, avaliado
pelo engenheiro como o melhor da história da equipe na F1.
"Ainda que seja muito cedo, nós podemos dizer facilmente que este é o
melhor carro que já lançamos. Certamente, é o mais desenvolvido, o mais
ambicioso e o mais agressivo. O pacote global é um passo muito
significativo em frente, não apenas em relação ao ano passado, mas em
relação a todos os outros carros. Então, sim, nós ainda temos um longo
caminho a percorrer partindo daqui em termos de desenvolvimento do
MRT05, mas já é um pacote dos sonhos no qual os 154 funcionários da
Manor trabalharam duro para desenhá-lo e construí-lo. Numa equipe
pequena como a nossa, cada um fez a sua parte", elogiou.
"Bem, para começar, é tudo novo. Como deve ser, claro, mas nós
tivemos de fazer o ano passado [com o carro de 2014] e não é para isso
que nós estamos aqui. Nós construímos carros de corrida por uma vida e é
ótimo voltar a fazer o que amamos. Também é muito bom fazer isso quando
nós temos as ferramentas certas para o trabalho. Então é algo muito
especial", seguiu.
"Melhor ainda, o MRT05 é um competidor. Nós acreditamos muito nele. A
equipe de design focou quase exclusivamente nele desde a metade da
última temporada, e se trata de algo completamente diferente dos seus
antecessores. Não fica devendo performance em nenhum sentido e posso
dizer agora que não há uma nova peça do novo carro que não tenhamos
projetado de forma diferente", continuou o engenheiro.
O diretor-técnico também falou sobre a peça que pode ser decisiva
para alavancar o desempenho da Manor em 2016: o motor Mercedes, além do
sistema de transmissão fornecido pela Williams.
"Nós atrasamos o programa do monocoque para esperar a nova unidade
de potência, que valeu a pena esperar, claro. A unidade de potência
PU106C da Mercedes é um feito magnífico de engenharia e estamos
orgulhosos e empolgados por sermos empurrados pela tecnologia de um
campeão mundial como a Mercedes", explicou.
"Nós também temos um pacote de transmissão muito competitivo e
gostaria de agradecer à nossa parceira técnica Williams, que vai nos
fornecer nosso câmbio e outros componentes de traseira. Juntos com os
esforços das nossas equipes de mecânica e aerodinâmica, este é um pacote
bastante impressionante", completou.
Dave Ryan, novo diretor de corridas da equipe britânica, se mostrou
bastante empolgado com o que a Manor pode conseguir em 2016.
Sobre o que esperar da equipe, Ryan é claro. “Respeito e
competitividade. Cada membro desta equipe está ansioso pela primeira
corrida em Melbourne, daqui a algumas semanas. Sabemos que temos de
melhorar em cada área e que não podemos de forma alguma subestimar
nossos oponentes, mas nós montamos um grande grupo de pessoas, temos uma
fantástica parceria técnica com a Williams e com a Mercedes, e agora
cabe a nós corresponder”, complementou.
É com este modelo que Pascal Wehrlein e Rio Haryanto farão suas estreias na F1. Pupilo da Mercedes, Wehrlein aparece como o atual campeão do DTM - aliás, o mais jovem da história a obter tal conquista - e com grandes expectativas sobre o que vai conseguir fazer.
Haryanto, por sua vez, é um novato que passou os últimos cinco anos na
GP2 e até teve alguns bons resultados, mas está na F1 pela grande
quantidade de dinheiro que o governo nacional da Indonésia pagou aos
bolsos da Manor para garantir o seu primeiro piloto de F1 da história. Foram mais de R$ 66 milhões, entre petrolífera nacional e Ministério do Esporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário