Fonte: http://www.sidneyrezende.com
Embalada pelo coro de "É campeã", a Portela mostrou viagens que marcaram
a história da humanidade na Sapucaí. Com Paulo Barros assinando o
enredo pela primeira vez na escola, a azul e branco mostrou que pode
sair do jejum de 21 anos sem conquistar o título no Carnaval carioca.
O enredo "No voo da águia, uma viagem sem fim..." foi apresentado
através de seis setores: Mar Adentro, Mundo Afora, Viagens
Imaginárias,Viagens Extremas, Em Busca de Mundos Perdidos, O Mapa da
Mina - Em Busca de Riquezas, e Eu não sou daqui, eu não sou de lá. As
fantasias e alegorias estavam quase impecáveis, com belo acabamento, e
favoreceram a evolução dos componentes. As alegorias do carnavalesco,
sempre muito aguardadas, surpreenderam novamente. Funcionais para o
enredo, de fácil leitura e com muita interatividade com o público, os
carros alegóricos geraram aplausos, gritos e muitos comentários dos que
assistiam nas frisas.
A águia, elemento mais aguardado da escola, apareceu no desfile
"atravessando o mar vermelho", primeira ala, remetendo à viagem em busca
da Terra Prometida, descrita na Bíblia, no livro de Êxodo.
A comissão de frente, comandada por Ghislaine Cavalcanti, Marcelo
Sandryni e Roberta Nogueira, além de Paulo Barros, representou a
Odisseia, obra da mitologia grega. O primeiro casal de mestre-sala e
porta-bandeira formado por Alex Marcelino e Danielle Nascimento,
apresentou muita sintonia e cumplicidade, porém, a grande quantidade de
água utilizada pela comissão de frente, que foi derramada na pista,
acabou prejudicando um pouco o desempenho da dupla. Alex quase
escorregou em determinados momentos, deixando Danielle insegura, segundo
o mestre Manoel Dionísio. Porém, o bom bailado prevaleceu e o casal
passou muito bem pela Sapucaí.
As alegorias trouxeram dinossauro comendo pessoas, vikings, Gulliver
gigante levantando e deitando, e outras surpresas que foram muito bem
recebidas pelos torcedores e admiradores do Carnaval.
A alegoria de Gulliver, que navega os mares e chega a lugares
surpreendentes, trouxe integrantes como os pequeninos habitantes dos
locais por onde ele passava, que constantemente estavam em guerra por
motivos fúteis. A obra foi publicada em 1726 por Jonathan Swift.
A ala anterior trazia os soldados da viagem de Gulliver. Os
integrantes marchavam e se reuniam no centro da pista, se espalhando em
alguns momentos do samba.
O carnavalesco Paulo Barros desfilou no fim da escola e foi ovacionado
durante sua passagem pela Avenida. Por diversas vezes, ele tirou o
chapéu para o público, cumprimentou os jurados e agradeceu por todo
apoio dos torcedores.
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