Fonte: http://extra.globo.com/
O governo iraniano tem interesse em comprar 50 aviões da fabricante brasileira Embraer e mais de 100 mil táxis a gás de montadoras brasileiras, informou à Reuters uma fonte do Palácio do Planalto nesta segunda-feira.
O governo do Irã também quer comprar ônibus e caminhões brasileiros, em um pacote de negócios que começou a ser tratado em outubro passado, quando o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, foi ao Irã com uma comitiva de 30 empresários.
A negociação teve sequência há duas semanas, em um encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeh Ezabadi.
Na semana passada, Monteiro afirmou em entrevista à Reuters que o Brasil pretende triplicar o comércio com o Irã nos próximos três anos, especialmente na área de alimentos, proteínas e transportes, e considera aceitar o uso de outras moedas nas transações em vez do dólar, como o euro, para evitar barreiras financeiras. A meta é alcançar uma corrente comercial de 5 bilhões de dólares nesse período.
A compra de aviões da Embraer já está em negociação, segundo a fonte do Planalto, pois o Irã precisa repor toda a frota de aviação, depois de anos de embargo em que foi impedido de fazer importações.
No fim de janeiro, o país anunciou a compra de mais de 100 aviões de grande porte da Airbus avaliados em mais de 27 bilhões, considerando preços de tabela.
Procurada, a Embraer afirmou que "começou a conversar com as empresas aéreas iranianas" e que o mercado do Irã tem um grande potencial, "pois existe necessidade de reformular a frota de aeronaves antigas e atender crescimento do mercado".
Além dos aviões, o Irã precisa repor toda a frota de táxis, caminhões e ônibus. Inicialmente, a fonte do Planalto havia informado que seriam 60 mil táxis, mas depois retificou o número para mais de 100 mil.
Ainda de acordo com a fonte palaciana, também estão sendo negociados acordos nas áreas de nanotecnologia, microbiologia e aeroespacial. Há, ainda, a possibilidade de investimentos iranianos na compra de refinarias no Brasil.
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