10 de julho de 2009

Morte de travesti que ficou conhecida por confusão com jogador Ronaldo extingue processo de extorsão

Segundo promotor, pedido de encerramento será feito à Justiça no Rio. Corpo de Andréia foi sepultado nesta sexta-feira.
O Ministério Público estadual do Rio vai pedir a extinção do processo em que o travesti André Albertini, conhecido como Andréia, é acusado de extorsão ao atacante Ronaldo, atual jogador do Corinthians. O encerramento do processo acontece após a morte do travesti .

Responsável pela denúncia após o escândalo em abril de 2008, o promotor Alexandre Murilo Graça informou, por meio da assessoria de imprensa, que o MP vai requisitar uma cópia da certidão de óbito de André e solicitar a extinção do processo à juíza da 23ª Vara Criminal, onde tramita o processo.

Na denúncia, o promotor dizia que "André Luiz Ribeiro Albertini, vulgo Andréia, mediante grave ameaça, constrangeu Ronaldo Luís Nazário de Lima, com o intuito de obter indevida vantagem financeira". E mais: "Após três horas no interior do quarto, a vítima percebeu que não estava com mulheres, mas, sim, travestis, o que a fez desistir do programa. Ato contínuo, Ronaldo negociou com os travestis a quantia a ser paga, sendo certo que 'Carla' e 'Veida' aceitaram o valor oferecido, qual seja, R$1.300". Para o promotor, Andréia, ao ver que seu "cliente era famoso jogador de futebol, conhecido como Ronaldo Fenômeno, aproveitou-se da situação e exigiu a quantia de R$ 50 mil, ameaçando-o de, caso não efetuasse o pagamento, procurar jornais e revistas, o que mancharia sua reputação e o prejudicaria em seus contratos de markerting".
O corpo de Andréia foi enterrado por volta das 10h15 desta sexta-feira (10) no Cemitério Santa Lídia, em Mauá, no ABC. Albertini morreu após complicações causadas por pneumonia e meningite.

Poucos parentes e amigos acompanharam o enterro, após toda a madrugada de velório. A mãe de Albertini, a dona de casa Sônia Maria Ribeiro, de 49 anos, tentava suportar a perda. “Ninguém sabe o que estou sentido, talvez só quem já tenha tido a mesma perda.” A travesti morreu na manhã de quinta-feira (9) em um hospital de Mauá. Ela estava morando em um flat em São Paulo havia dois meses. Para a mãe, Andréia não estava acostumada com o frio que enfrentou quando chegou. Além disso, uma forte depressão teria acelerado a doença.
Atestado de travesti indica morte por síndrome da imunodeficiência adquirida
O atestado de óbito do travesti Andréia Albertini, de 22 anos, que morreu quinta-feira (9) em um hospital em Mauá, no ABC, em São Paulo, indica como causa da morte “coma neurotoxiplasmose síndrome imunodeficiência adquirida”. O corpo de Albertini foi enterrado na manhã desta sexta-feira (10) no Cemitério Santa Lídia, em Mauá. A mãe de Albertini, a dona-de-casa Sônia Maria Ribeiro, de 49 anos, disse não querer que o filho seja lembrado pela Aids.

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